sábado, 31 de dezembro de 2011

Feliz Ano Novo


          Todos, ou a grande maioria das pessoas, enxergam na passagem de ano, uma maneira de repensar a vida, traçar projetos novos para guiar a vida pelos próximos 365 ou 366 dias que se seguiram.

          As pessoas vêem nesse marco da passagem de um ano para o outro o momento para refletir o que foi feito no ano que está acabando, na tentativa de repetir os sucessos alcançados e fazer diferente nos erros.

          Fazem-se promessas, projetos, planos. Usam-se de superstições, mitos, tradições ou cultuadas fórmulas mirabolantes para trazer sorte, saúde, dinheiro, sucesso, paz e amor.
          E é justamente isso que esta na mente de todos, por mais céticos ou mais incrédulos, todos, sem exceções, fazem sua “fezinha” de que o novo ano que começa em todas as zero horas do dia primeiro de janeiro, seja um ano de fartura, abundância, saúde, prosperidade, sucesso, repleto de paz e amor entre tudo e todos.

          Sabemos que nem sempre todos esses desejos são e podem ser atendidos, mas é a esperança que nos move, e a fé contida ai que nos da força para seguir em frente, mesmo que escorados em crenças ou superstições. É a fé também que nos move, até quando estamos céticos e fechamos nossa mente as pequenas coisas, pequenos gestos e palavras de um futuro melhor.

          Céticos ou crentes, temos todos um pensamento em comum, um desejo dentro de nós, de que o amanhã não seja apenas mais um dia que se passa como tantos outros, mas que seja uma porta que se abre repleta de possibilidades, surpresas e desafios a serem enfrentados, cabendo a cada um de nós fazer com que os próximos dias, até a chegada do ano seguinte, sejam de fato melhores do que no ano que esta acabando.

Adeus ano velho e um FELIZ ANO NOVO a todos.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Momentos


          Há momentos em que me pego a olhar e admirar o nada, sentado à varanda ou recostado sobre os travesseiros, simplesmente paro e observo, uma parede branca, as nuvens a percorrer o céu, o vazio ante meus olhos. Não há nada ali, apenas a vontade de parar e olhar, fixar o olhar como que estando hipnotizado por algo.

          Há momentos em que sinto a solidão tomando conta de mim, esse mesmo nada que me prendia a visão, aprisiona meu espírito, me coloca cara à cara com meus maiores medos e temores, nesses momentos sinto a necessidade de estar ao lado de alguém, compartilhando esse sentimento, esse vazio, essa tristeza.

          Há momentos em que o rubor enche o meu ser, calafrios e tremores se repetem em constância, um medo súbito surge seguido pelo palpitar frenético do coração, sinto ansiedade, frio e uma vontade incontrolável de desaparecer. Nesses momentos queria ter coragem para, sem olhar para trás, enfrentar tudo e todos impondo minhas idéias.

          Há momentos em que caminho simplesmente por caminhar, minhas pernas, meus músculos me impulsionam para frente, meu corpo deixa de obedecer minha consciência e passa a ser movido por uma força maior que extravasa de dentro de mim, uma força que me conduz sem rumo, apenas pelo gosto de caminhar, de sentir a brisa no rosto, o arfar do cansaço que nos força a respirar mais e mais profundamente sentindo todos os aromas e odores da natureza.

          Há momentos em que sinto angustia, vontade de abandonar tudo, largar tudo como esta, deixar esse mundo que nos apresenta as maiores incertezas, dores e sofrimentos, nesses momentos não há luz capaz de iluminar a vastidão de breu que permeia o cotidiano vivido, nesses momentos a dor é um consolo para se saber que ainda se esta vivo.

          Mas, há momentos em que as alegrias são tão grandes, que qualquer sentimento de dor, medo, tristeza e angustia se esvai, são esses momentos a serem festejados e relembrados, são esses momentos que deve se deixar marcar e manter vivos na memória, momentos de que a vida vale a pena e que viver é uma dádiva muito maior do que qualquer intempérie que o mundo nos prega.

          Há momentos de sorrir e momentos de chorar, momentos de pensar e momentos de fazer, momentos de ver e momentos de deixar ser visto, cada momento a seu tempo.